De volta ao Brasil, enquanto o marido tenta estender sua estadia em Orlando, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi alçada à condição de possível candidata à Presidência da República por ninguém menos que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Pode ser apenas um blefe, um balão de ensaio ou uma manobra diversionista para tirar o foco das acusações que pesam sobre Jair Bolsonaro, mas Costa Neto diz que Michelle seria imbatível como candidata.
De onde o presidente do PL tira essa certeza? De sua admiração pelo desempenho da ex-primeira-dama nos comícios, da popularidade dela entre os evangélicos e da suposição de que Jair Bolsonaro, como cabo eleitoral, não transferiria sua rejeição para a esposa.
A pouco menos de quatro anos da eleição, é cedo para falar em candidaturas, mas todos os partidos estão de olho em 2026. Entre os aliados do presidente Lula há pelo menos quatro pré-candidatos: o próprio Lula, Fernando Haddad, Simone Tebet e Geraldo Alckmin.
O próprio Costa Neto não se restringe ao casal Bolsonaro. Cita os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) como opções. No caso de Zema, a pressão é para que se filie ao PL, dado que o Novo sequer atingiu a cláusula de barreira e não teria estrutura nem cacife político para bancar um candidato competitivo a presidente.