O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Por unanimidade, em julgamento na manhã desta sexta-feira (2), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) manteve a cassação do prefeito de São Francisco de Assis, Paulo Renato Cortelini (MDB), do vice, Jeremias de Oliveira (PDT), e do vereador Vasco de Carvalho (MDB). Com isso, o município da Região Central terá de realizar novas eleições.
Em primeira instância, Cortelini, o vice e o vereador foram cassados por abuso de poder político e econômico e compra de votos na eleição de 2020. A juíza Vanessa Azevedo Bento, da 1ª Vara Judicial de São Francisco de Assis, determinou em setembro de 2021 a cassação dos mandatos, a inelegibilidade por oito anos e multa de R$ 95 mil cada.
No julgamento desta sexta-feira, os desembargadores do TRE consideraram válida a intercepção telefônica que embasou a denúncia do Ministério Público e as provas decorrentes dela.
Apesar de cassado, o atual prefeito teve preservados os direitos políticos e poderá concorrer novamente quando ocorrer a nova eleição. Por enquanto, o município será administrado pelo presidente da Câmara Municipal, Ebertom Luiz (PDT).
O vice e o vereador foram decretados inelegíveis pelo prazo de oito anos subsequentes ao pleito de 2020. Além disso, deverão pagar multa de R$ 26,6 mil cada.
— Vamos recorrer dessa armadilha, emboscada que fizeram conosco. A minha consciência está tranquila. Foi feita uma armadilha pelo grupo opositor, que sabia que não tinha como ganhar as eleições de maneira lícita. Vamos recorrer ao TSE — afirmou Cortelini à coluna.
Após a publicação do acórdão do julgamento, a respectiva zona eleitoral deverá ser comunicada para a realização de nova eleição para os cargos de prefeito e vice-prefeito de São Francisco de Assis.