O jornalista Carlos Rollsing colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Será publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) de terça-feira (27) o edital de licitação para a compra pela prefeitura do novo 156, plataforma em que o cidadão demanda serviços como poda de árvores, conserto de buracos na via pública, vazamentos em tubulações e recolhimento de entulho. O pregão eletrônico está previsto para ocorrer em 18 de janeiro. Vencerá quem atender os requisitos técnicos e apresentar o menor preço. O valor de referência é de R$ 21,6 milhões, metade do Banco Nacional de Deseolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante do caixa municipal.
O projeto é coordenado pelo secretário de Transparência e Controladoria, Gustavo Ferenci. Ele explica que a prefeitura irá adquirir duas coisas na licitação: um sistema de inteligência artificial para a gestão das demandas e o funcionamento de um call center, que terá de ficar em Porto Alegre. A ferramenta atual de manejo do 156 teve seu código-fonte desenvolvido nos anos 80 e sofreu melhorias ao longo do tempo. Embora esteja funcionando, é ultrapassado e não otimiza os processos. Ferenci cita uma exemplo: hoje, o cidadão consegue verificar o início da demanda, com a realização do protocolo, e o final, quando o serviço é prestado. No novo sistema, todo o miolo do processo poderá ser acompanhado, como a data da vistoria, a previsão de realização do atendimento e os pareces técnicos.
No modelo atual, caso cinco vizinhos reclamem do mesmo buraco de rua, a plataforma abre cinco protocolos diferentes. O que está por ser contratado fará uso da inteligênia artifical para agrupá-los em registro único. A ferramenta terá georreferenciamento e poderá detectar quando cidadãos estiverem se referindo a um mesmo problema.
Isso evita retrabalho e facilita o arquivamento do que já está resolvido. A plataforma começará operando para gerenciar as demandas por zeladoria. No futuro, outras bases de dados serão integradas. A ideia é que todos os serviços da prefeitura estejam no mesmo lugar. Ferenci projeta cinco anos para finalizar a integração. Quando isso ocorrer, o novo sistema irá agrupar a marcação de consultas médicas, a realização de matrículas na rede pública escolar e a emissão de documentos tributários, entre outros serviços.
– O conceito é dar mais ferramentas para o cidadão nos ajudar a construir a cidade. A prefeitura não tem como fiscalizar cada buraco – diz Ferenci.
Em 2022, até outubro, o 156 recebeu 954,7 mil demandas pelos canais de atendimento.