Único deputado federal eleito pelo União Brasil no Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Busato garante que o partido será independente no governo Lula. Ele mesmo, votará a favor dos projetos com os quais concorda e contra se discordar. Apesar desse grito de independência, o União foi contemplado com três ministérios e terá cargos no segundo e terceiro escalões.
Na verdade, o partido está rachado. Os três indicados para a Esplanada não têm consenso na bancada na Câmara. Waldez Góes (Integração Nacional) ainda está no PDT, mas é apadrinhado pelo senador David Alcolumbre. Daniela do Waguinho (Turismo) é deputada federal pelo Rio de Janeiro e esposa do prefeito de Belford Rocho, Wagner dos Santos Carneiro. Juscelino Filho, que levou o cobiçado Ministério das Comunicações, também tem o aval de Alcolumbre.
A bancada ficou incomodada com o fato de Lula ter rejeitado a indicação de Elmar Nascimento, amigo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Contas a pagar
Há luz no fim do túnel para os candidatos que concorreram a deputado pelo União Brasil e não conseguiram pagar as contas: a direção nacional promete assumir o que está no prego. Três dos mais indignados com o fato de o partido não ter liberado o que teria sido combinado são José Fortunati (que ficou devendo R$ 774,5 mil), Douglas dos Santos, ex-jogador que concorreu com o apelido de Maestro Pifador (R$ 920,2 mil) e Enio Bacci (R$ 131,5 mil).
— O partido tinha acenado com recursos, mas deu prioridade aos governadores. Depois entrou a Soraya (Thronicke, candida a presidente) e a promessa para os deputados ficou em segundo, terceiro plano. Eu havia me comprometendo com vários candidatos. Alguns assumiram dívidas, um ou outro ficou revoltado — diz Busato a título de explicação.