A penúltima pesquisa do Ipec antes das eleições trouxe poucas alterações em relação ao levantamento anterior, que já apontava Eduardo Leite (PSDB) em primeiro lugar, seguido de Onyx Lorenzoni (PL) em segundo. Os dois se mantiveram na ponta. Leite com os mesmos 38% e Onyx caiu de 26% para 25%, oscilação dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. A novidade é o crescimento de Edegar Pretto (PT), que saiu de 10% para 15%.
Nota-se pela pesquisa do Ipec uma desidratação de todas as outras candidaturas. Luis Carlos Heinze (PP) se manteve nos 4% e todos os demais têm entre zero e 1%.
A rejeição dos três primeiros é muito semelhante: Leite tem 21%, Onyx, 19% e Edegar, 18%. Quando se pergunta ao eleitor quem ele acha que será o vencedor, a vantagem de Leite vai além do seu índice de intenção de voto e chega a 46% contra 20% de Onyx.
Nas simulações de segundo turno, o ex-governador leva vantagem tanto sobre Onyx (50% a 35%) quanto sobre Edegar (52% a 27%). Em um eventual confronto entre Onyx e Edegar, reproduzindo a disputa nacional, o candidato do PL teria 44% e o do PT, 33%.
O crescimento do candidato do PT ao Piratini coincide com dois dados compatíveis entre si: candidato do partido ao Senado, Olívio Dutra, passou de 28% para 30% e se isolou na liderança, e o ex-presidente Lula ampliou a distância para o presidente Jair Bolsonaro. Em segundo lugar segue a ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD), que caiu de 25% para 24% e em terceiro, tecnicamente empatado com ela, o general Hamilton Mourão (Republicanos), que oscilou de 19% para 21%.
A se confirmar esse quadro, a eleição para o Senado será eletrizante. Com a direita dividida entre Ana Amélia, Mourão e Comandante Nádia (3%), Olívio leva vantagem. A pregação do voto útil, por Ana Amélia e Mourão, esbarra na incerteza sobre qual dos dois é mais competitivo. Hoje, Ana Amélia tem três pontos a mais que o vice-presidente.
Na pesquisa anterior, Lula e Bolsonaro estavam tecnicamente empatados no Rio Grande do Sul, com 40% e 39% respectivamente. Agora Lula foi a 41% e Bolsonaro caiu para 37%. Os movimentos ocorreram dentro da margem de erro, mas entre uma pesquisa e outra Simone Tebet subiu dois pontos (de 3% para 5%) e Ciro Gomes caiu um (de 6% para 5%). Todos os outros candidatos a presidente têm entre zero e 1%, seguindo o que ocorre no país.
Uma nova pesquisa foi registrada pelo Ipec no Rio Grande do Sul e será divulgada na sexta-feira (30), dois dias antes da eleição.
Atenção para o número na urna
Pela segunda semana consecutiva, a pesquisa do Ipec mostra que os candidatos a governador e senador precisam dar mais atenção à divulgação de seus números, já que a maioria dos eleitores não sabe.
A situação mais difícil é a do líder das pesquisas, Eduardo Leite: somente 17% dos que pretendem votar nele sabiam que seu número é 45. Nada menos do que 80% não sabem.
Entre os eleitores de Onyx, 25% responderam que o número é 22 e 71% não souberam responder. A situação de Edegar Pretto é um pouco melhor: 46% acertaram que é 13 e 51% não souberam responder.
No Senado, 78% dos eleitores de Ana Amélia não sabem que seu número é 555. Dos que pretendem votar em Hamilton Mourão, 65% ignoram que precisam digitar 100. Dos eleitores de Olívio, 61% não sabem que seu número é 131.
ALIÁS
A pesquisa Ipec da sucessão presidencial aponta o ex-presidente Lula com 48%, o que equivale a 52% dos votos válidos, mas é prematuro dizer que a eleição será resolvida no primeiro turno. Restam cinco dias de campanha, com um debate na quinta-feira (29).