Cortejado por nada menos do que sete pré-candidatos a governador, o União Brasil, com dote milionário e preciosos minutos na propaganda de rádio e TV, virou “a noiva” desta eleição. Até por isso, decidiu cozinhar por mais algum tempo seus pretendentes. Na reunião da executiva realizada nesta terça-feira (21), o UB optou por fazer mais uma rodada de conversas com os candidatos a governador, para ouvir o que têm a oferecer, como pretendem tratar temas que são caros ao partidos, como a educação e as políticas de proteção às mulheres vítimas da violência.
Antes de decidir com quem vai casar, o UB ouvirá mais uma vez Eduardo Leite (PSDB), Onyx Lorenzoni (PL), Luis Carlos Heinze (PP), Vieira da Cunha (PDT), Beto Albuquerque (PSB), Gabriel Souza (MDB) e Roberto Argenta (PSC). Leite, que retorna de São Paulo nesta quarta-feira (22), ligou na terça para o presidente do UB, Luiz Carlos Busato, pedindo para conversar. Embora ressalte a dívida de gratidão que tem com Leite e com o governador Ranolfo Vieira Júnior, pelos espaços ocupados no governo, Busato diz que o alinhamento não é automático:
— Nada está definido. Nosso partido tem simpatizantes do presidente Bolsonaro, tem os que querem aliança com Leite, tem até quem ache que deveríamos conversar com a esquerda, mas não temos canal aberto com o PT e com o PSOL.
Na próxima semana, já está alinhavada uma conversa com Vieira da Cunha, Também na próxima semana, Heinze vai, finalmente, “pagar” o jantar prometido a Busato.
— Já convidamos ele para três ou quatro jantares. Agora chegou a vez do gringo abrir a mão — brinca Busato.
Busato adianta que as próximas conversas serão feitas por um grupo de quatro ou cinco integrantes do partido. No dia 2 de julho haverá um encontro dos 105 pré-candidatos a deputado estadual e federal. Desse grupo, sairão os 88 que estarão na urna em outubro.
O próprio Busato é pré-candidato a deputado federal, mas não descarta a possibilidade de concorrer a vice-governador. A meta do UB é eleger pelo menos três deputados e federais e cinco estaduais.