O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Para fortalecer o combate à insegurança alimentar no Rio Grande do Sul, os três poderes e os órgãos autônomos do Estado lançaram nesta quarta-feira (15) o Movimento Rio Grande Contra a Fome. O ato foi realizado na Assembleia Legislativa, instituição que articulou a iniciativa.
O acordo não prevê o repasse direto de recursos, mas uma ampla mobilização envolvendo entidades, empresas e câmaras municipais para arrecadar mantimentos. Tudo o que for conseguido será repassado à Defesa Civil, responsável por encaminhar as doações.
Além de uma ampla campanha de comunicação para incentivar a solidariedade, será criado o Selo RS Contra a Fome, que será oferecido a entidades e empresas parceiras do programa. O movimento também pretende engajar a dupla Gre-Nal para dar publicidade à campanha.
— Não é possível sonhar, estudar ou viver com fome — frisou a coordenadora executiva do movimento, Paola Carvalho, ao apresentar o cronograma de ações.
Nesta quarta, a Assembleia recebeu a primeira doação ao programa: cinco toneladas de arroz enviadas por uma empresa da Fronteira Oeste, que pediu para não ter o nome divulgado.
— O objetivo deles é reforçar a solidariedade sem publicidade. Que esse gesto inspire a muitos, principalmente entidades e empresas que têm mais condições de ajudar – disse o presidente da Assembleia, deputado Valdeci Oliveira.
Além de Valdeci e do governador Ranolfo Vieira Júnior, assinaram o termo de cooperação do programa a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, o presidente do Tribunal de Contas, Alexandre Postal, a defensora pública-geral em exercício, Rafaela Consalter, e o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo.
Interessados em colaborar podem obter informações no site do movimento.
Demora minimizada
Após participar do lançamento do Movimento Rio Grande Contra a Fome, o governador Ranolfo Vieira Júnior minimizou a demora do presidente Jair Bolsonaro em se manifestar sobre o plano de recuperação fiscal do Estado. O governo gaúcho aguarda a homologação do plano há mais de 20 dias.
Questionado pela coluna, Ranolfo disse que é “natural” que Bolsonaro tenha uma agenda atribulada e que tentará novamente marcar um encontro com o presidente par discutir o assunto:
— Vamos tentar novamente essa agenda. Com certeza vai sair essa homologação, é uma questão de tempo.
Ranolfo também diz que não acredita que algum pré-candidato ao governador esteja trabalhando nos bastidores para evitar a homologação do plano. Os dois aliados do presidente que pretendem concorrer ao Piratini, Luis Carlos Heinze (PP) e Onyx Lorenzoni (PL), são contrários ao regime de recuperação fiscal.
— Não é do perfil do político gaúcho esse tipo de interferência — afirmou.