Acostumados a reclamar da falta de dinheiro nesta época do ano, quando precisam pagar o 13º salário e a folha de dezembro, os prefeitos do Rio Grande do Sul vivem um singular momento de fartura, graças ao aumento da arrecadação de impostos e à ampliação dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que ouviu as 497 prefeituras do Rio Grande do Sul, constatou que 493 (99,2%) estão com os salários em dia e só 0,5% terão algum problema para pagar o 13º salário em dia.
Iniciada em 27 de outubro, a pesquisa foi concluída em 29 de novembro. Os prefeitos foram questionados se o repasse extra de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que será creditado um dia antes do repasse do primeiro decêndio de dezembro, ajudará no custeio do 13º salário. Dos 497 municípios, 439 (88,3%) responderam que o repasse adicional ajudará a pagar a gratificação natalina. Apenas 51 cidades (10,3%) responderam que o repasse não contribui no pagamento.
O 13º salário de quase 300 mil servidores públicos municipais injetará R$ 1,8 bilhão na economia do Rio Grande do Sul. A gratificação natalina pode ser paga em parcela única, até 20 de dezembro, ou em duas etapas, desde que a primeira parte seja quitada até 30 de novembro. De acordo com a pesquisa, 37,6% das prefeituras pagarão o benefício em parcela única. Outros 61,6% optaram pelo pagamento em duas parcelas. Os 0,8% restantes não responderam a essa questão. O salário de dezembro será pago em dia por 480 municípios (96,6%) do total.
A maioria dos municípios gaúchos (315 ou 63,4%) não deixarão restos a pagar neste ano. Já 135 prefeituras (27,2%) responderam que deixarão restos de pagamentos de 2021 para quitar em 2022. Somente 44 municípios estão com algum atraso no pagamento de fornecedores. Os gestores foram questionados sobre a capacidade de fechar as contas no azul neste ano. Somente 13 (2,6%) responderam que fecharão no vermelho.
Embora 99,2% dos municípios estejam com os gastos de pessoal sob controle, respeitando a lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, teme uma explosão nas contas com a correção do piso do magistério em 31,3%, a partir de 1º de janeiro de 2022. Os prefeitos ainda sonham com uma mudança no índice de correção, mas é improvável que isso ocorra.
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