Com a saída de Roberto Jefferson do comando, deputados do PTB gaúcho estão se articulando para evitar a diáspora anunciada no ano passado e que já resultou na ida do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior para o PSDB, do deputado federal Maurício Dziedricki para o Podemos e do ex-prefeito de Canoas e secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano Luiz Carlos Busato para o União Brasil.
— Estamos tentando compor uma chapa de deputados federais com a atual presidente, Graciela Nienov, sem a presença de Roberto Jefferson. O problema foi com ele, não com o PTB — diz o deputado estadual Luís Augusto Lara.
O PTB vai eleger a nova executiva nacional no próximo dia 30. Jefferson está preso em Bangu, no Rio de Janeiro, desde 13 de agosto por suspeita de integrar um grupo que planeja ações contra instituições democráticas. Em 24 de outubro, pediu licença do cargo por tempo indeterminado.
Lara acredita que, se essa chapa se viabilizar, outros deputados, como ele, continuarão no PTB. O deputado federal Marcelo Moraes e a deputada estadual Kelly Moraes foram convidados pelo Partido Liberal (PL), futura sigla do presidente Jair Bolsonaro, mas decidiram esperar para ver se prospera o acordo nacional para permanecerem no PTB. O deputado Elisandro Sabino e sua esposa, a vereadora Tanise Sabino, estão no mesmo projeto de salvação do PTB.
Lara lembra que o PTB é o quarto maior partido do Rio Grande do Sul em número de prefeitos, vices e vereadores e que quase ninguém saiu.