O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, determinou a retirada de todos os filiados cadastrados depois do dia 31 de maio da lista de eleitores das prévias presidenciais do partido, marcadas para 21 de novembro. A decisão consta em uma resolução publicada nesta quarta-feira (3).
A decisão de Araújo foi tomada após denúncias feitas à comissão das prévias tanto por aliados do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, quanto por simpatizantes do governador de São Paulo, João Doria. Nos dois casos, o objetivo foi o de excluir prováveis eleitores do adversário.
Na primeira denúncia, os diretórios do PSDB do Rio Grande do Sul, do Ceará, da Bahia e de Minas Gerais apontaram que a filiação de 92 prefeitos ao PSDB de São Paulo ocorreu depois de 31 de maio, data-limite para a participação nas prévias. A comissão acatou a denúncia e excluiu todos os prefeitos, prováveis eleitores de Doria, da lista de votantes.
Em uma tentativa de contragolpe, o PSDB paulista solicitou que 32 filiados sem mandato eletivo do RS, BA e MG, virtuais eleitores de Leite, também fossem impedidos de votar. Mais tarde, o número subiu para 34. O argumento apresentado foi de que também teriam se filiado depois do prazo estabelecido pelo partido.
Com a decisão de Araújo nesta quinta, qualquer tucano cuja filiação tenha sido registrada depois de 31 de maio será excluído da lista de votantes. Conforme a resolução, "casos excepcionais" devem ser submetidos à comissão das prévias e analisados pela presidência do partido.
O presidente do PSDB de São Paulo, Marco Vinholi, celebrou a decisão: "Isonomia estabelecida, retirados os eleitores com data retroativa do RS, MG e Bahia. Vamos ao voto!", escreveu Vinholi, no Twitter.
A coluna consultou a assessoria da campanha de Leite, e aguarda posicionamento.
Leia a decisão de Bruno Araújo