Realizado no fim de semana, o congresso do PSB no Rio Grande do Sul teve a participação de possíveis aliados na eleição de 2022 e uma declaração antecipada de apoio ao pré-candidato Beto Albuquerque, o da Rede, partido de Marina Silva. Embora raquítica no Estado, a Rede tem uma simbologia importante para Beto:
— Estivemos juntos em 2014, é o partido da Marina e tem um compromisso com a pauta ambiental, que é mais atual do que nunca.
Os outros participaram como um gesto de cortesia: PDT, Pros, PCdoB, Solidariedade, Cidadania e Avante. O presidente estadual do PT, Paulo Pimenta, encaminhou um vídeo.
Chamou atenção a presença do presidente do PDT, Ciro Simoni (na foto ao lado de Beto). Embora o PDT insista na candidatura própria, na prática essa tese perde força a cada insucesso do Grêmio, já que o nome cultivado para ser candidato é do presidente do clube, Romildo Bolzan. No congresso, Ciro afirmou que se os dois partidos não estiverem juntos no primeiro turno, estarão no segundo.
Beto disse à coluna que sua candidatura a governador é irreversível:
— Não há hipótese de eu disputar o Senado. Tenho circulado pelo Estado e vejo que o quadro está muito aberto, mas a receptividade me anima.
O ex-deputado já disse aos líderes do PT que só apoiará o ex-presidente Lula se receber a contrapartida:
— Não posso apoiar quem não me apoia. Tenho certeza de que se o PT me apoiar, vou para o segundo turno. Se mantiver a candidatura de Edegar Pretto, que é legítima, vou buscar uma aliança ainda mais ampla. Há vários partidos que não estarão comigo se eu estiver com o PT.
Beto vai buscar aliados com uma proposta de prioridade absoluta à educação, bandeira histórica do PDT, e de defesa intransigente da democracia.