O veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que prevê a distribuição gratuita de absorventes a estudantes de baixa renda e mulheres em situação de vulnerabilidade desencadeou uma série de ações de conscientização a respeito da pobreza menstrual no país. Em Porto Alegre, neste domingo (17), a deputada estadual Luciana Genro e a deputada federal Fernanda Melchionna (ambas do PSOL) participaram de uma ação solidária de distribuição de absorventes no bairro Rubem Berta.
A atividade, organizada pelos coletivos Juntas! e Emancipa Mulher, ocorreu em conjunto com uma festa de Dia das Crianças realizada no bairro. Foram distribuídos 240 pacotes de absorvente e cartilhas com informações.
Em Brasília, Melchionna e as demais integrantes da bancada feminina trabalham para derrubar o veto do presidente.
— É desumano ser contra uma medida que tenta minimizar um grave problema social que atinge grande parte da população — protesta a deputada.
Ao vetar a distribuição do produto, o presidente indicou que o projeto não apontou a fonte de custeio da iniciativa. A estimativa do congresso é de que o impacto orçamentário seja de R$ 84,5 milhões por ano.
Na quinta-feira, Bolsonaro disse que está torcendo para que o veto seja derrubado no Congresso, o que obrigaria o governo a colocar a medida em prática.
—Se o Congresso derrubar o veto, estou torcendo para que derrubem, vou arranjar absorvente — prometeu.
