Se nenhum deles desistir até lá, a prévia do PSDB terá mesmo quatro candidatos disputando a indicação para concorrer a presidente da República em 2022: o governador gaúcho Eduardo Leite, o governador de São Paulo, João Doria, o senador Tasso Jereissati, do Ceará, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Os quatro formalizaram a inscrição e agora vão participar de debates para convencer o colégio eleitoral tucano de que têm condições de se viabilizar como a terceira via entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro, que aparecem à frente em todas as pesquisas.
Doria é considerado favorito, por ter na mão a poderosa máquina do governo de São Paulo e o apoio declarado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas Leite não se intimida e busca apoio em outros Estados, apresentando-se como um conciliador. A expectativa do governador gaúcho é receber o apoio de Tasso mais à frente.
Leite lançou a candidatura nesta terça-feira (21) e divulgou uma carta aberta ao PSDB e ao Brasil. No documento de uma página, começa dizendo que neste ano de 2021 completa 20 anos como filiado ao partido.
“O partido que me encantou na adolescência e que continua me levando a acreditar na política como a maior força de transformação social e democrática que uma sociedade tem para mudar e construir seu futuro. A realização dessas prévias mostra um PSDB vivo, maduro, democrático e aberto para novos caminhos”, escreveu.
O governador gaúcho diz que “é hora de superar a política do 'uns contra os outros' e partir para o todos contra os problemas do Brasil”.
E acrescenta: “O Brasil precisa de alternativas novas. Está na hora de olhar para o futuro com olhos de futuro. Não é sobre o país que está aí e nem sobre o país que já foi, e sim sobre o Brasil que podemos ser. Um país que os jovens se orgulhem e não queiram ir embora. E onde os mais velhos tenham confiança que irão ver o Brasil dar certo”.
Preferido do mercado financeiro
Saiu a segunda edição da consulta que a XP faz com executivos de bancos, gestores de fundos e operadores do mercado financeiro para saber quem seria o candidato com maior chance de se credenciar como terceira via contra o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro. Na primeira edição, Eduardo Leite teve 45% das menções.
Desta vez, 77 clientes institucionais da XP foram ouvidos e Leite foi apontado como o mais viável por 64% dos agentes do mercado. O também tucano João Doria passou de 12% para 14%. O ex-juiz Sergio Moro caiu de 20% para 4%, mesmo índice de José Luiz Datena e de Ciro Gomes. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que não aparecia na anterior, ficou com 5%.
Leia a íntegra da carta (clique para ampliar):
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