O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço

Com o arrefecimento do quadro da pandemia de covid-19, representado pela queda no número de infectados, na quantidade de óbitos e na ocupação dos leitos de UTI, o Rio Grande do Sul passa por um momento de redução das restrições. Na semana passada, o governo do Estado retirou todos os alertas das regiões covid no sistema 3As e a prefeitura de Porto Alegre ampliou o limite de ocupação em restaurantes, hotéis, clubes, eventos sociais e transporte coletivo, além de enviar uma solicitação – ainda não respondida – para a realização de eventos presenciais com até mil pessoas.

Concomitante ao avanço na imunização em todo o Estado, a quantidade de pacientes de covid-19 que precisaram de internação está em queda em todas as regiões. De acordo com o boletim desta segunda-feira (19) produzido pelo Comitê de Dados, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 72,9% no Rio Grande do Sul (2.490 vagas ocupadas e 925 livres). Há um mês, esse índice era de 88,4%.

O boletim registra 1.173 pacientes confirmados para o coronavírus nas UTIs, cerca de 700 a menos do que há 30 dias, quando eram 1.831. No mesmo período, a ocupação de leitos clínicos por quem contraiu a doença passou de 2.520 para 1.119.

Coordenador do Comitê de Dados e do Comitê Científico, o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, compara a pandemia a uma maratona, e diz que ainda faltam alguns meses para que a linha de chegada seja cruzada.

— Ainda precisamos fazer um esforço final, que pode salvar muitas vidas — salienta.

Lamb reconhece que a situação melhorou no Estado, mas reitera que ainda é preciso evitar as aglomerações e as concentrações em locais fechados e manter o uso da máscara. O secretário lembra que o governo emitiu avisos para todas as regiões, tendo em vista o risco da entrada da variante Delta, e que a imunização ainda está longe dos 70%, estimativa necessária para atingir a imunidade coletiva.

— Vemos o cenário com muita cautela, porque não temos uma cobertura vacinal completa. E o risco de novas variantes causa muita preocupação — explica.

Conforme o painel da Secretaria da Saúde, apenas 28,6% da população vacinável do Rio Grande do Sul está com o esquema de imunização completo. A primeira dose já foi aplicada em 65,8%. Dentre os integrantes dos grupos prioritários, 44,3% estão com o esquema completo e 77,2% fizeram a primeira dose.

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