![Lu Freitas / PMNH Lu Freitas / PMNH](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/3/5/5/8/9/4_6fbb4f5fcf3eb62/498553_f4de16f65b52a9e.jpeg?w=700)
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Os três municípios da Grande Porto Alegre que possuem serviços autônomos de abastecimento de água não estão de acordo com a proposta da criação dos blocos regionais de saneamento, encaminhada pelo governo Leite à Assembleia Legislativa junto do projeto de privatização da Corsan. Nos moldes atuais, Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo não pretendem aderir à regionalização, o que compromete a estratégia traçada pelo Piratini.
Conforme o texto enviado pelo governo, as três cidades passariam a integrar um bloco com outros 65 municípios, alguns de regiões distantes como o Alto Uruguai e as Missões. Além de questionarem o critério para a definição dos blocos, as prefeituras avaliam que perderão a autonomia na gestão da água e do saneamento caso decidam aderir.
A criação de estruturas regionalizada para a gestão dos serviços é uma determinação do novo Marco Legal do Saneamento. Embora a adesão não seja obrigatória, a União condicionou o repasse de recursos federais para investimento em saneamento apenas aos municípios que participarem dos blocos regionais.
Ao todo, o Piratini propôs quatro agrupamentos: um com os municípios que têm contrato com a Corsan e outros três com cidades que não utilizam os serviços da estatal. No formato regionalizado, os municípios maiores ajudam a custear o serviço nos menores, na lógica do subsídio cruzado.
O assunto foi discutido nesta nesta terça-feira (20), em reunião conduzida pela prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt (PSDB), que é vice-presidente da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal). Participaram também o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), e a secretária de Parcerias de Porto Alegre, Ana Pellini, além de outros integrantes das respectivas administrações.
Representantes dos três municípios decidiram solicitar audiências com o governador Eduardo Leite e o presidente da Assembleia, Gabriel Souza (MDB), para ampliar o debate sobre o projeto. Também devem ser incluídas na mobilização outras cidades que têm serviços autônomos, como Caxias do Sul, Pelotas e Bagé.
— Esse projeto é muito relevante. O que for decidido agora terá impacto e vai marcar nosso futuro — justifica Fátima.
Na reunião, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (Dmae), Alexandre Garcia, salientou que 59 municípios do bloco proposto pelo governo têm menos de 5 mil habitantes e 55 estão a mais de 300 quilômetros da Capital, o que dificultaria a tomada de decisões e a articulação regional.
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