Levantamento feito pela prefeitura de Porto Alegre mostra que, até esta terça-feira (20), 22.594 pessoas que receberam a primeira dose da CoronaVac há mais de 28 dias não retornaram para tomar a segunda. Desse total, 12.151 estão com atraso de mais de 60 dias, sendo 8.302 profissionais de saúde, 3.041 idosos e os demais nos grupos de acamados, cuidadores, indígenas ou quilombolas.
Considerando-se o total de retardatários, a maioria são idosos (12.159) e profissionais de saúde (9.449). Os demais são acamados, cuidadores, indígenas e quilombolas.
O levantamento foi feito a partir de dados do E-Sus Notifica, sistema de informação do Ministério da Saúde. O diretor de Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, diz que, mesmo considerando que possa haver ausência de registro da vacinação no sistema, o número é elevado. Ritter lembra que somente o esquema vacinal completo vai garantir a maior eficácia possível da imunização e reduzir a pressão no sistema hospitalar. E faz um apelo:
— É importante que os profissionais de saúde busquem a segunda dose nos serviços onde receberam a primeira, ou em unidades de saúde e farmácias parceiras.
Em relação aos idosos, a atenção deve ser dada à carteira da vacinação, onde consta a data da primeira aplicação e o laboratório fabricante da vacina recebida. A Secretaria de Saúde já solicitou a todos os serviços de vacinação que atualizem com a maior agilidade possível os registros no sistema de informação. Somente com todas as doses registradas será possível conhecer com exatidão o absenteísmo ou falta de registro.
Comparativo realizado na manhã desta terça entre informações do vacinômetro municipal e do LocalizaSus indica uma diferença total de 34.124 doses a serem registradas. Pelo vacinômetro, Porto Alegre tem aplicadas 336.991 primeiras doses e 120.083 segundas doses. No LocalizaSus, são 322.095 primeiras e 110.855 segundas.
Pelos dados do vacinômetro, Porto Alegre, com 22,64% da população vacinada, ocupa o primeiro lugar em vacinação entre as capitais do país. Pelo LocalizaSus, a Capital está em segundo lugar, com 21,64%, atrás de Vitória, que tem percentual de 22,38% da população vacinada.
Há cinco hipóteses para explicar o não comparecimento aos postos para receber a segunda dose: a pessoa pode ter morrido, estar internada, ter se contaminado (o que demanda uma espera de 28 dias para se vacinar), precisar de ajuda de terceiros para ir ao posto ou simplesmente ter desistido de completar a imunização.
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