Se São Paulo pode vacinar os professores antes de terminar de imunizar as pessoas com mais de 60 anos, por que o Rio Grande do Sul recorreu ao Supremo Tribunal Federal, em vez de fazer o mesmo? Essa pergunta está na cabeça dos professores da maioria das cidades brasileiras onde governadores e prefeitos decidiram respeitar o cronograma estabelecido no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, instituído pelo Ministério da Saúde.
A iniciativa de Doria de passar os professores à frente de pessoas com mais de 60 anos estimulou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a fazer o mesmo, abrindo a porteira para outros gestores escolherem duas próprias prioridades. Os que optaram por respeitar o cronograma estão sendo chamados de “Joãozinho do passo certo” e criticados por respeitar a ordem.
Questionado pela coluna, o governador Eduardo Leite justificou a opção por não furar a fila:
— O que o governador Doria fez gera constrangimento e expõe quem faz essa alteração. Entendo que alguma associação de diabéticos, de hipertensos poderia entrar na Justiça por estar tirando vacinas deles.
Por ter incluído os professores e servidores de escolas a partir de 47 anos, São Paulo atrasou a vacinação das pessoas com mais de 60 anos. Se hoje a maioria das cidades gaúchas está imunizando o grupo de 61 anos, São Paulo começa a vacinar nesta quarta-feira (21) os de 65 e 66 anos. Somente no dia 6 de maio começa a imunização de quem tem entre 60 e 62.
Em 10 de maio, São Paulo dá início à vacinação do grupo das comorbidades (Síndrome de Down, Transplantados imunossuprimidos e pacientes renais em diálise). No dia seguinte entram metroviários e ferroviários. No dia 18, motoristas e cobradores de ônibus.
A vacinação prioritária dos profissionais da segurança pública foi avalizada pelo Ministério da Saúde, mas a demanda para incluir os professores não foi respondida até agora. Por isso, o governador Eduardo Leite recorreu ao STF com uma Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental, que está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski. Na segunda-feira, o ministro pediu informações complementares ao Ministério da Saúde para decidir se concede ou não liminar ao Rio Grande do Sul.
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