Assustado com os dados que mostram o agravamento da situação da pandemia no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite resolveu contrariar a orientação de seus conselheiros e saiu do gabinete para visitar duas unidades de terapia intensiva na tarde desta quinta-feira (4). Primeiro, Leite foi ao Hospital Moinhos de Vento e, depois, no Clínicas para, de forma simbólica, homenagear os profissionais de saúde e prestar solidariedade aos pacientes de suas famílias.
Acompanhado apenas do diretor da Central de Regulação de Leitos, Eduardo Elsade, que enfrenta diariamente o drama de não conseguir atender à demanda, Leite não chegou a entrar na área em que estão os pacientes. Por questões de segurança sanitária, conversou com médicos na entrada da UTI e só viu os doentes pelo vidro.
No Clínicas, o governador se emocionou ao conversar com a diretora-presidente, Nadine Clausell, e com profissionais que estão na linha de frente. Um paciente o reconheceu quando olhou pelo vidro e aplaudiu quando Nadine disse que ele tinha ido visitá-los.
Aconselhado pelo comitê científico e baseado nos dados que mostram a piora de todos os indicadores em uma semana, Leite manterá suspenso por pelo menos mais uma semana o sistema de cogestão, pelo qual os prefeitos podem adotar os protocolos da bandeira imediatamente anterior. Os dados indicam que o mapa do distanciamento controlado desta sexta-feira virá com todas as regiões em bandeira preta, pelo esgotamento dos leitos clínicos e de UTI, mas com índices bem piores do que os da semana passada.