O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Aliado de primeira hora do Palácio Piratini nas principais votações de projetos governo Eduardo Leite na Assembleia Legislativa, o PTB não está disposto a apoiar a proposta de reforma da previdência dos servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros. Em regime de urgência, o projeto tranca a pauta de votações, junto a outros seis projetos, a partir de 5 de março.
De acordo com o deputado Luís Augusto Lara, a bancada do partido defende o adiamento da discussão da iniciativa, com a retirada do pedido de urgência, para que seja aberto um período maior de discussão com a categoria.
— A grande entrega que o governo está fazendo é a segurança pública. Não tem entrega mais concreta do que essa para a sociedade. Vamos mexer em uma coisa que está dando certo? — questiona.
A Secretaria Estadual da Segurança é chefiada pelo vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, filiado ao PTB.
Segundo Lara, os deputados aceitariam votar, neste momento, a extensão do prazo para a aposentadoria compulsória dos militares. Para outros pontos do projeto, ele diz que governo precisa convencer os militares de que o texto é positivo para a maior parte da categoria.
— À medida que houver o convencimento na maioria da tropa, nós estaremos convencidos também. Mas tem que haver mais diálogo, mais comunicação — sustenta.
Discutida pela Assembleia desde 2019, a reforma estipula uma cobrança escalonada no vencimentos dos militares. A exemplo do que já ocorre com os servidores civis, o texto prevê alíquotas crescentes conforme a faixa salarial, partindo de 7,5% e chegando a 22%.
Pela proposta, os inativos também passam a pagar mais. Atualmente, contribui apenas quem recebe acima de R$ 6 mil. Se o projeto for aprovado, as contribuições dos militares da reserva começam a partir de quem ganha R$ 1,1 mil.
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