Apesar da firme disposição do prefeito eleito Sebastião Melo e de seu vice, Ricardo Gomes, de não falarem em nomes para o secretariado antes de definir a estrutura administrativa, há outros, além de Cezar Schirmer, com presença praticamente garantida no primeiro escalão. O coronel Mario Ikeda, ex-comandante de Brigada Militar, será o secretário da Segurança Pública.
Ikeda concorreu a vereador pelo PRTB e, embora tenha feito 4.160 votos, mais do que Schirmer (3.484) e do que boa parte dos eleitos, ficou na primeira suplência. É que seu partido conquistou apenas uma cadeira. Mesmo que tivesse sido eleito, Ikeda certamente seria convocado porque é considerado o mais preparado para cuidar da segurança, área prioritária para o prefeito eleito.
Outro suplente que deve ser aproveitado na equipe de Melo é o jornalista André Machado, que concorreu a vereador pelo PP e fez 3.218 votos. Também foi mais votado do que boa parte dos eleitos, mas o PP fez apenas duas cadeiras, com Mônica Leal e Cassiá Carpes.
André deve ser o secretário de Comunicação, já que a jornalista Isara Marques, cotada para o cargo pelo trabalho que fez na campanha, tende a aceitar o convite para assumir a superintendência de Comunicação da Assembleia na gestão de Gabriel Souza, a partir de fevereiro.
Melo gostaria de contar na sua equipe com o atual vice-prefeito Gustavo Paim (PP). Se Paim não tiver o aval do partido, é possível que seja convidado na cota pessoal do prefeito.
A vereadora Nádia Gerhard (DEM) só não será secretária de Desenvolvimento Social se não quiser. Além do trabalho de integração nas comunidades em que atuou, foi secretária no governo de Nelson Marchezan e deixou boa imagem como gestora. Saiu porque pretendia pavimentar sua candidatura a prefeita, mas o DEM acabou optando pela aliança com Melo. Se Nádia aceitar o convite para ser secretária, o presidente da Câmara, Reginaldo Pujol, que ficou na primeira suplência, assume a cadeira.
Ao aderir à candidatura de Melo às vésperas do primeiro turno, o PTB recebeu tratamento de luxo e fez um pedido específico: a presidência do Dmae. O compromisso era ter espaço idêntico ao do MDB e do DEM no governo. À época, se imaginava que elegeria pelo menos cinco vereadores, mas só fez três.
O mais provável é que o PTB indique um técnico para o Dmae (o presidente precisa ser engenheiro), mas os demais cargos serão divididos entre os aliados, já que a concepção do governo é não entregar as secretarias de “porteira fechada”. Na lista do PTB para o secretariado estão o vereador Cássio Trogildo, que não concorreu à reeleição, Carlos Siegle e Everton Braz.
O grande desafio de Melo é encontrar os nomes adequados para as secretarias da Saúde e da Educação. Saúde, porque a nova administração vai assumir no auge da pandemia e o secretário será a principal voz na definição das políticas de enfrentamento ao coronavírus. Ainda não se fala em nomes, mas o mais provável é que seja alguém respaldado pelo deputado federal Osmar Terra, crítico das medidas restritivas adotadas pelo governador Eduardo Leite e pelo prefeito Nelson Marchezan.
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