Ex-secretária do Planejamento, ex-coordenadora do Comitê de Dados que balizou as decisões do governo no combate à pandemia e idealizadora do modelo de distanciamento controlado, Leany Lemos assumiu nesta sexta-feira (4) a presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), banco de fomento fundado por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que tem parceria com Mato Grosso do Sul.
Indicada pelo governador Eduardo Leite, a partir do rodízio estabelecido entre os Estados do Sul e acionistas do banco, Leany tornou-se a primeira mulher a integrar a diretoria da entidade desde a fundação, em 1961.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade pouco antes da posse, Leany listou como objetivos à frente da entidade diversificar as fontes de recurso para liberar mais financiamentos, reforçar o apoio a pequenos e médios negócios e ampliar a parceria com os municípios. Atualmente, apenas 3% das operações de crédito do banco são destinadas a prefeituras.
— Sendo um banco público de desenvolvimento, é importante que apoie as prefeituras em suas infraestrutura básica, no saneamento, e na melhoria das condições. É um bom negócio para o banco e leva desenvolvimento para a região — disse Leany.
A dirigente lembrou que alguns financiamentos de até R$ 5 milhões, que podem beneficiar significativamente os municípios menores, não precisam de autorização do Tesouro Nacional para a efetivação, e sinalizou que o banco poderá apoiar, inclusive, a formulação de projetos para as cidades.
Atualmente o BRDE é o 16º banco em tamanho de carteira no Brasil, com R$ 13,5 bilhões. de reais. É responsável por oferecer crédito de cerca de R$ 3 bilhões por ano e possui ativos que somam R$ 16,8 bilhões.