Sete meses depois de idealizar e lançar o modelo de controle da pandemia no Rio Grande do Sul — chamado de distanciamento controlado —, Leany Lemos assumirá na próxima sexta-feira (4) o comando do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Indicada pelo governador Eduardo Leite, ela será a primeira mulher a chefiar o banco, constituído em 1961 pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
O trâmite para que a Leany assumisse o cargo se concluiu na última semana, com a aprovação por parte do Banco Central. Antes, a Assembleia Legislativa já havia dado o aval ao seu nome.
Uma das missões de Leany será definir as linhas gerais para a liberação de crédito. A atividade é considerada pelo governador um dos eixos para a recuperação dos Estados do Sul, no pós-pandemia.
Nomeada no início do governo Leite, Leany também foi precursora na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. Ela foi a primeira mulher a chefiar a pasta, tendo como marca a idealização da reforma administrativa, que alterou as carreiras dos servidores estaduais.
Ela deixou a titularidade da Secretaria de Planejamento poucos dias depois de lançar o distanciamento controlado, mas se manteve na liderança no modelo, ligada ao gabinete de Leite e chefiando o comitê de dados para enfrentamento da pandemia. Na quinta (3), ela deixará, oficialmente, o governo.
Mestre em Ciência Política e doutora em Estudos Comparativos das Américas pela Universidade de Brasília (UnB), Leany é servidora de carreira do Senado desde 1993.