A avaliação de que o senador Luis Carlos Heize (PP) errou ao usar a eleição municipal como cabeça de ponte para sua candidatura a governador, em 2022, foi contestada pelo presidente do PP, Celso Bernardi. A coluna mencionou especificamente os fracassos eleitorais de Gustavo Paim em Porto Alegre, Fetter Júnior em Pelotas, Ernani Daniel em Canoas e Patrícia Beck em Novo Hamburgo.
Bernardi diz que o PP está comemorando, mais uma vez, a conquista do maior número de prefeitos e vices no Rio Grande do Sul. Foram eleitos 145 prefeito e 127 vices. Além disso, Sergio Cechin se classificou para o segundo turno em Santa Maria. O número de vereadores ainda está sendo contabilizado, mas a expectativa é de 1.275.
O presidente do PP credita a vitória “à qualidade e ao esforço” da base municipal, que define como “maior patrimônio humano e político do PP”. Destaca, ainda, a gestão progressista, a dedicação dos presidentes municipais e o trabalho e o apoio dos líderes, a começar por Heinze, pelos deputados federais e estaduais, e outros parceiros e apoiadores.
— Heinze esteve presente em mais de cem municípios e gravou centenas de vídeos. Colocou à disposição a sua quota do fundo eleitoral, que foi administrada pelo partido. Neste sentido, ele merece destaque. Equívocos e dificuldades enfrentadas na operação do mesmo é de nossa responsabilidade — diz Bernardi.
E acrescenta:
— Avaliar somente as derrotas, sem destacar o seu crédito nas vitórias, não corresponde à realidade. Porto Alegre e Pelotas foram deliberações não individuais, mas coletivas da executiva estadual que sempre defendeu candidaturas próprias. Entendemos este como o melhor caminho para apresentar nossas ideias e propostas. O Heinze foi decisivo para convencer e estimular candidaturas vitoriosas. Aliás, este é o papel do líder.
Bernardi reconhece que eleger prefeitos pode ser positivo para 2022, não apenas no caso do PP, mas de todos os partidos e candidatos:
— Só vence ou perde quem tem coragem de concorrer.