O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Após algumas tentativas de audiência com o governador, o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), se reuniu com Eduardo Leite e com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, nesta sexta-feira (3), por videoconferência. Na audiência, o prefeito expressou preocupação pelo risco de falta de medicamentos para a sedação e relaxamento, utilizados em pacientes entubados em UTIs.
Pelo segundo fim de semana seguido, os 10 leitos exclusivos de coronavírus do município foram totalmente ocupados. No dia anterior, a Secretaria da Saúde já havia anunciado o repasse de 10 novos respiradores para o município, além de equipamentos para reforçar a estrutura do Hospital Santa Casa.
— Reivindicamos mais equipamentos para leitos semi-intensivos na Santa Casa e mais 20 respiradores para o Hospital Universitário, que tem leitos montados – relatou Lindenmeyer à coluna.
O prefeito também detalhou a Leite o plano de distanciamento desenvolvido no município, em parceria com um comitê que reúne representantes de entidades como a Santa Casa e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). O modelo estipula um sistema de bandeiras de risco, sempre com regras iguais ou mais duras do que o estadual.
— Foi uma conversa sincera e transparente, na busca de soluções para superarmos esse momento — concluiu.
Conta zerada
Desde que voltou à Câmara de Porto Alegre, em abril, após três anos como secretário de Serviços Urbanos, o vereador Ramiro Rosário (PSDB) não gastou nenhum real da verba de R$ 17,5 mil mensais a que teria direito. Segundo o parlamentar, seu gabinete foi um dos únicos que funcionou todos os dias na pandemia.
– Compro até as canetas para o gabinete do meu próprio salário. Temos um celular de uso comum para a equipe que também é pago por mim - conta Ramiro.
Além do tucano, os mais econômicos no segundo trimestre foram Ricardo Gomes (DEM), com gastos de R$ 18,47 e Felipe Camozzato (Novo), que somou R$ 451,06 em despesas.
Mirante
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) apresentou projeto que estipula até quatro anos de prisão para gestores públicos que desperdiçarem ou dilapidarem recursos destinados à área da saúde.