O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O conjunto de dados que deu base para a versão preliminar do mapa do distanciamento controlado da próxima semana demonstra que o quadro mais grave deixou de ser da Região Metropolitana e passou para o Norte do Estado. Na macrorregião que envolve 147 municípios próximos a Erechim, Palmeira das Missões e Passo Fundo, a disponibilidade de leitos de UTI para o atendimento de pacientes com coronavírus caiu 47% em uma semana e a proporção entre leitos livres e leitos ocupados por pessoas com covid-19 desceu 56%.
As regiões de Passo Fundo e Palmeira das Missões ficaram com média ponderada de 2,44, em uma escala em que a graduação igual ou superior a 2,50 as colocaria em bandeira preta. Na semana anterior, o índice das duas áreas era de 1,68 e 1,81, respectivamente. Erechim, que fica na mesma macrorregião, pulou de 1,58 para 2,21 e entrou no vermelho.
Embora tenham sido superadas, em grau de risco, pelas áreas da região Norte, as zonas que integram a macrorregião Metropolitana também se aproximaram mais da possibilidade de adotar bandeira preta.
Novo Hamburgo, que tinha a média entre os índices do plano em 2,10, passou para 2,34. Canoas, que apresentou o quadro mais grave na semana passada, com 2,14, agora está em 2,30. Já a área de Porto Alegre pulou de 1,86 para 2,30. Em Capão da Canoa a média passou de 2,03 para 2,26 e em Taquara o índice foi de 1,76 para 2,24.
De acordo com o histórico formulado pelo governo do Estado, as 20 regiões apresentaram números piores do que na semana passada. O resultado deixou 15 delas em bandeira vermelha, o que representa 9,5 milhões de gaúchos. Desses, 1,2 milhão estão em cidades que podem adotar regras da bandeira laranja.
Aliás
Na semana passada, o gabinete de crise aceitou o recurso para que a região de Passo Fundo permanecesse em bandeira laranja. Nesta semana, com a piora generalizada nos indicadores, é pouco provável que a região consiga convencer o governo a ficar de fora da cor vermelha.