O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Para apaziguar os ânimos com o partido detentor do maior número de deputados da base aliada, o governador Eduardo Leite telefonou nesta quarta-feira (22) para o presidente estadual do MDB, Alceu Moreira, e para o líder da bancada na Assembleia, deputado Vilmar Zanchin. Nas ligações, Leite disse que não teve intenção de criticar o governo de José Ivo Sartori na entrevista concedida ao Roda Viva, na segunda-feira (20).
No programa, após ser questionado sobre o descumprimento da promessa de colocar em dia a folha do funcionalismo no primeiro ano de governo, feita na campanha eleitoral de 2018, Leite mencionou a antecipação de R$ 700 milhões em receitas feitas pela gestão Sartori e o passivo de R$ 1,1 bilhão deixado na área da saúde.
As declarações suscitaram reação da bancada e do diretório estadual do MDB, que lançaram nota conjunta "lamentando profundamente" as declarações de Leite. O ex-vice-governador José Paulo Cairoli também disparou contra o mandatário.
No contato com os emedebistas, o governador comentou que não se referiu ao governo anterior em tom crítico, apenas fez menção à situação das finanças do Estado quando assumiu o mandato. Leite também pontou que reconhece as dificuldades enfrentadas pela gestão de Sartori.
O governador ainda ressaltou a Moreira e Zanchin a importância do MDB como aliado do governo e das reformas promovidas no Estado e lembrou que os tucanos também colaboraram com a agenda reformista na gestão de Sartori.