O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
As construtoras responsáveis pela obra da nova ponte do Guaíba terão de evitar o abandono de animais nas áreas que forem desapropriadas para a instalação do empreendimento em Porto Alegre. Nesta semana, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) determinou que o consórcio formado pelas empresas Queiroz Galvão e EGT devem adequar ao empreendimento um programa de monitoramento da fauna.
A determinação ocorreu após mobilização da secretária estadual do Trabalho e Assistência Social, Regina Becker. Segundo ela, os cerca de mil cães e gatos que vivem nas comunidades das Vilas Carandiru, Tio Zeca e Areia precisarão ser identificados, castrados e doados, com base em item da licença de instalação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) que indica que “deverão ser tomadas todas as providências necessárias para evitar o abandono de animais domésticos nos locais de remoção das famílias”.
Em novembro, Regina chegou a ir a Brasília para entregar ao diretor executivo do DNIT, André Kuhn, um documento reforçando a necessidade de garantia do bem estar da população e dos animais dos territórios atingidos pela obra.
— Essa atitude nos leva a crer que futuras obras possam ter a mesma responsabilidade com relação a essas demandas importantes que a sociedade busca todos os dias — explicou Regina.
A secretária pressionou pelo controle dos animais das três vilas da Capital porque, na Ilha dos Marinheiros, onde também haverá desapropriações, a ação de uma rede de proteção já retirou cerca de 200 animais.