O vídeo de despedida de Abraham Weintraub ao lado do presidente Jair Bolsonaro não deixa de ser uma síntese do que foi sua passagem pelo Ministério da Educação: desapreço pela área. Weintraub não disse uma palavra sobre educação.
Passou a ideia de que estava saindo por vontade própria, para viver com mais segurança fora do Brasil, com a mulher, os filhos e a cachorrinha Capitu. Vai para uma diretoria do Banco Mundial, com salário melhor do que o de ministro e longe das cobranças. Ganhou um prêmio pela incompetência.
Weintraub, o ministro da que comete erros crassos de português, não deixará saudade nos que têm apreço pela educação. Sua passagem pelo ministério foi marcada pelo conflito, pelas provocações e pelo viés ideológico que reduz a educação a um embate entre esquerda e direita.
Virada a página, o ideal seria o presidente indicar um substituto que entenda do assunto. O problema é que Bolsonaro quer alguém que pense como Weintraub. Além disso, quem com conhecimento técnico, aceitaria o cargo de ministro?