O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Descontente com o fechamento de igrejas durante a pandemia de coronavírus, o deputado Sergio Peres (Republicanos), que é pastor evangélico, protocolou na Assembleia Legislativa um projeto de lei que reconhece o funcionamento dos templos de qualquer culto como atividade essencial. Se a proposta for aprovada, nenhuma igreja poderá ser fechada em períodos de calamidade pública.
Peres diz que apresentou o projeto para preservar o trabalho religioso, que inclui iniciativas de caráter social, e afirma que as igrejas têm condições de receber os fiéis com o distanciamento mínimo de dois metros, determinado pelas autoridades sanitárias.
— As igrejas não foram consideradas (atividades essenciais) pelo prefeito de Porto Alegre e por alguns outros prefeitos. O presidente (Jair Bolsonaro) vê como essencial, vários Estados já aprovaram projetos assim e aqui um grupo de pastores pediu para que eu apresentasse (o projeto). O trabalho que as igrejas fazem não e só espiritual, é social — afirma Peres.
Crítico das medidas de distanciamento social horizontal, o deputado diz que a estratégia adotada até o momento “está acabando com a economia” e que pessoas jovens e sem comorbidades deveriam voltar a trabalhar.
— Enquanto o governo federal estiver mandando milhões para Estados e municípios, vão ficar adiando o retorno. Tem prefeito torcendo para que a pandemia venha a causar mais prolemas — afirma Peres.