Chegaram nesta segunda-feira (13) às mãos do governador Eduardo Leite as três simulações de subsídio para o projeto do novo plano de carreira dos professores, contemplando o reajuste de 12,84% aplicado ao piso nacional do magistério.
Após receber os estudos, Leite disse à coluna que vinha analisando as propostas em conversas online com sua equipe e que deve bater o martelo nesta terça (13), depois da reunião de imersão com todo o secretariado para avaliar 2019 e projetar o ano de 2020.
—Amanhã nos reuniremos para avaliar se temos condições de bater o martelo em uma delas — informou, referindo-se ao impacto nas contas do Estado.
Leite está disposto a reapresentar três tabelas com o subsídio para os professores em 2020, 2021 e 2022. Como o piso subiu mais de três vezes a inflação oficial, foi preciso melhorar a proposta para 2020, que começava em R$ 2.717,15 e agora irá para R$ 2.886,15 no nível 1, classe (professores em início de carreira, que têm apenas o curso normal de magistério, nível médio).
Na proposta anterior, no último degrau da carreira ao professor chegaria a R$ 4.752,42 em 2020. Com a mudança, deve ficar em torno de R$ 5.050.
O líder do governo, Frederico Antunes, diz que é importante fechar os valores das faixas para discutir com os aliados a partir de dados concretos.
A tabela de vencimentos não é o único ponto crítico no debate. Entre os deputados, há resistência à proposta de, nos futuros reajustes, descontar o valor da parcela autônoma onde ficarão os valores que os professores recebem hoje, por adicionais que ultrapassam o subsídio proposto. A sugestão é congelar o valor, mas não abater dos próximos aumentos.
Aliás
O líder do governo, Frederico Antunes, apelou ao deputado Pedro Westphalen (PP) para que mobilize a bancada gaúcha pela aprovação do projeto que adota a inflação como critério para a correção do piso dos professores. É o que pedem prefeitos de todo o país.
Leite visita Bruno Covas
Depois de participar da abertura da Couromoda, ontem, o governador Eduardo Leite e o deputado federal Lucas Redecker (PSDB) visitaram o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que está em tratamento para combater um câncer descoberto no final de outubro. Embora conversem com frequência por telefone, foi o primeiro encontro do governador com o prefeito desde que Covas recebeu o diagnóstico.
Apesar de debilitado pelas sessões de quimioterapia, que devem ir até fevereiro, Covas confirmou que será candidato à reeleição e espera liderar um ampla aliança, mas não adiantou nome de possível vice.
Entre os jovens líderes do PSDB, Leite e Covas são os que ocupam os cargos mais importantes no país. Os dois têm boa relação há pelo menos 10 anos. No encontro, Covas mostrou uma foto de quando era secretário do Meio Ambiente em São Paulo e Leite comandava a prefeitura de Pelotas.