Mudança no plano de carreira
Na tentativa de garantir a aprovação do plano de carreira dos professores, o governo de Eduardo Leite cedeu e retirou do texto o trecho que previa a absorção, em futuros aumentos, da parcela autônoma em que serão isoladas as vantagens que extrapolam o subsídio proposto.
Com a mudança, fica em aberto para quando forem discutidos novos reajustes o que ocorrerá com a parcela autônoma, dependendo da situação financeira do Estado.
Convocação extraordinária
Depois de fazer as alterações nos projetos, o Palácio Piratini formalizou a convocação extraordinária da Assembleia para votação, na próxima semana, dos projetos remanescentes de 2019 e de outros, menos polêmicos, acrescentados à pauta. A ordem de votação deve ser definida na reunião de líderes, na manhã de terça-feira.
À tarde, a votação começa pela proposta de emenda à Constituição, que precisa ser aprovada em dois turnos. O projeto do magistério deve ser apreciado na quarta ou quinta-feira. Por último, serão votados os mais polêmicos, que tratam da remuneração e da previdência dos policiais militares e bombeiros.
Notas de zero a 10
A Secretaria da Educação (Seduc) anunciou mudanças na expressão da avaliação dos alunos de escolas públicas da rede estadual. Hoje, cada escola adota o critério que bem entender (nota, conceito, letras), o que torna o histórico escolar de uma incompreensível para outra instituição.
A partir deste ano, a avaliação deverá ser expressa em notas de zero a 10, admitida a decimal 0,5. O Conselho Estadual de Educação emitiu parecer contrário.
Ministério da Segurança
Reunidos em Brasília, o colégio de secretários da segurança pública aprovou a recriação do Ministério da Segurança, fundido pelo presidente Jair Bolsonaro com o da Justiça e comandado pelo ministro Sergio Moro. Bolsonaro prometeu estudar o assunto e admitiu a recriação.
Diante da repercussão negativa e da interpretação de que estaria fritando Moro, o presidente descartou a separação e disse que a chance, no momento, é zero.
Pobres da motosserra
Representando o Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu o discurso dos colegas Salim Mattar (Desestatização) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), de que o “o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza". Disse Guedes:
— As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Eles (os pobres) têm todas as preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram suas florestas, que já lutaram suas minorias étnicas, essas coisas... É um problema muito complexo, não há uma solução simples.
A declaração repercutiu negativamente entre ambientalistas, que consideram a conclusão simplista e lembram que quem desmata grandes extensões na Amazônia não são os pobres.
Imposto do pecado
Ainda na Suíça, o ministro Paulo Guedes cogitou ampliar a tributação de produtos como cigarros, bebidas alcoólicas e doces. Definido como "imposto do pecado" pelo ministro, em referência aos danos que causam à saúde, o aumento foi rechaçado até por aliados do governo, que temem o aumento do contrabando e a desestruturação de cadeias produtivas como a do tabaco e a do vinho.
Antes de viajar para a Índia, o presidente Jair Bolsonaro descartou o aumento.
Aumento da passagem
Confirmando a previsão feita no final do ano passado pelo prefeito Nelson Marchezan, as empresas de ônibus de Porto Alegre formalizaram o pedido para que a passagem de ônibus suba de R$ 4,70 para R$ 5,20, um aumento de 11%.
A EPTC ainda não apresentou seus cálculos. Marchezan prometeu anunciar medidas inovadoras para impedir que o aumento seja bancado exclusivamente pelos usuários.