O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O deputado estadual Giuseppe Riesgo (Novo) quebrou o protocolo em cerimônia da Assembleia Legislativa para evitar reverências ao ex-presidente Getúlio Vargas.
Na instalação de uma comissão especial, na sala da presidência, ele solicitou que o ato fosse realizado em frente ao quadro de Gaspar Silveira Martins, e não ao de Vargas, como tradicionalmente acontece no local. Na opinião de Riesgo, Vargas não deveria ser homenageado pelo parlamento gaúcho:
— Getúlio Vargas ainda é idolatrado no Rio Grande do Sul como um grande presidente, mas na verdade foi um ditador. Durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945, fechou a Assembleia Legislativa, censurou a imprensa e promoveu a repressão política — criticou o deputado do Novo.
Escolhido para a "homenagem", Silveira Martins, um político de ideologia liberal, foi presidente da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e ocupou cargos relevantes durante o Império.
Ele defendia a Monarquia e o Parlamentarismo, respectivamente, como forma e sistema de governo.