Projeto apresentado em fevereiro pelo deputado Luciano Zucco (PSL), que autoriza policiais militares a trabalharem como monitores em escolas públicas, será reencaminhado, com teor semelhante, pelo governo do Estado à Assembleia. A negociação vem sendo feita há semanas entre Zucco e o governador Eduardo Leite. Na avaliação da equipe do deputado, o projeto ganharia legitimidade e mais apoio caso fosse apresentado pelo Piratini.
Pelo texto, o governo não criaria mais escolas, mas transformaria as já existentes. Policiais da Brigada Militar que hoje estão na inatividade receberiam remuneração extra já prevista em lei para atuarem como monitores nesses estabelecimentos de ensino.
Eles seriam responsáveis por multiplicar noções de disciplina, liderança e patriotismo, além de prover segurança extra nas dependências da escola. O policial militar também organizaria os alunos em forma, no pátio, para cantar o hino.
Ao deputado Zucco, prefeitos de municípios gaúchos já manifestaram interesse em transformar as escolas em cívico-militares. São eles Santa Maria, Bagé, Lajeado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Pelotas e Alegrete. Segundo o parlamentares, escolas do Goiás e do Amazonas já utilizam esse modelo.
Na semana passada, inspirado em projeto do deputado Luciano Zucco, o Ministério da Educação divulgou a intenção de implementar 108 escolas militares até 2023. A ideia é que, a cada ano, haja 27 novas unidades do modelo, uma por unidade da federação. Chamadas de escolas cívico-militares pelo ministério, o modelo prevê a atuação de equipe de militares da reserva no papel de tutores.