Mesmo que a maior parte dos R$ 30 bilhões do FGTS e do PIS/Pasep que serão liberados a partir de setembro vá para o pagamento de dívidas, a medida anunciada nesta quarta-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes é acertada. Vai injetar dinheiro na economia em um momento de recessão e tirar do sufoco endividados.
Apesar do valor baixo (máximo de R$ 500 por conta), para os trabalhadores de baixa renda pode ser a chance de limpar o nome nos serviços de proteção ao crédito ou comprar gêneros de primeira necessidade.
Para quem tem saldo elevado, a boa notícia é a possibilidade de saques anuais no mês do aniversário, a partir do ano que vem, em percentuais que variam conforme o saldo (de 5% para quem tem mais a 50% para quem tem menos). Será uma espécie de 14º salário.
O trabalhador só precisa ficar atento porque se optar por essa modalidade de saque e perder emprego não poderá sacar o valor total na demissão.
Outra boa notícia é a mudança no cálculo do rendimento. Hoje, qualquer investimento no mercado financeiro é mais rentável do que o FGTS. A partir de agora, o governo vai repassar o lucro obtido, o que melhora um pouco a remuneração.