Devido à votação dos projetos de privatização de CEEE, Sulgás e CRM na Assembleia nesta terça-feira (2), Eduardo Leite não comparecerá à reunião do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com governadores – uns ainda resistem em apoiar a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência. Em Brasília, Maia fará uma última tentativa e negociará uma saída para que deem aval à proposta. Se houver acordo, o voto complementar do relator, cuja leitura ocorrerá na terça na comissão especial, ganhará um adendo.
– A gente tem que ter paciência na inclusão dos governadores. Acho que até terça-feira a gente tem tempo para dialogar com quase todos e tentar avançar no texto que dê uma solução para a Previdência de todos, não só do governo federal – disse o presidente da Câmara.
Para que o seu parecer seja aprovado na comissão especial, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) teve de retirar do texto a aplicação automática das mudanças a servidores estaduais e municipais. Leite tenta, com o governador de São Paulo, João Doria, convencer os colegas a pressionarem suas bancadas a apoiar o texto que veio do Palácio do Planalto.
Os parlamentares vêm sendo alvo de pressão de entidades que representam os servidores contrários à reforma.
– Incluir os governadores pode nos fazer perder voto de algum campo. Se a gente perder voto de algum campo, tem de recuperar do outro. Ou a gente tem que trazer os votos mais importantes dos governadores porque aí não perde voto nenhum e chega até com uma margem muito segura para votação no plenário da Câmara – afirmou Maia.
A expectativa, segundo o deputado, é de que o parecer seja votado na quarta para que, na semana seguinte, comece a discussão no plenário. Se Estados e municípios ficarem de fora, no Rio Grande do Sul, por exemplo, o Piratini terá de enviar projeto próprio à Assembleia prevendo mudanças para concessão das aposentadorias aos servidores.