Para tentar entender por que o Rio Grande do Sul é um dos campeões de evasão e repetência, a Secretaria de Educação está ouvindo diretores de escolas, em grupos de 10. O secretário Faisal Karam informa que, até agora, sua equipe de planejamento já se reuniu com 160 diretores.
— Se temos 100 mil matrículas que foram feitas e o aluno não está na sala de aula, temos de saber por que isso ocorre — justifica Faisal.
Uma das hipóteses é que as matrículas são feitas de forma automática e não se acompanha depois o que estão fazendo os alunos ausentes.
A avaliação de Karam é de que os relatos dos diretores são ricos e ajudarão o governo a adotar um plano para melhorar a posição do Rio Grande do Sul no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Um dos instrumentos adotados pelo governo estadual para reduzir a evasão e a repetência é a chamada em tempo real. Por meio de parceria com a Procergs, até 2020, todas as escolas deverão ter implantada a chamada eletrônica.
Por esse sistema, que começou no governo passado em caráter experimental, com uma parceria privada, e chegará a 1,1 mil escolas até o final do ano, a secretaria tem como identificar em tempo real os casos de abandono da escola e comunicar ao Ministério Público e aos conselhos tutelares para que tomem as devidas providências.