Censura derrubada
Pegou tão mal a decisão de censurar reportagem da revista Crusoé e do site O Antagonista, sobre delação da Odebrecht envolvendo o presidente do STF, Dias Toffoli, que o ministro Alexandre de Moraes teve de recuar: na quinta-feira, revogou a proibição determinada na segunda-feira. Os colegas de STF Marco Aurélio Melo, Cármen Lúcia e Celso de Mello, o decano da Corte, criticaram com veemência o canetaço de Moraes, definido como "mordaça". Na esteira da polêmica, o Supremo liberou também a entrevista do ex-presidente Lula, que havia sido proibida pelo ministro Luiz Fux. Apesar da polêmica, o Supremo manteve o inquérito aberto para apurar notícias falsas e ameaças contra os magistrados.
Sobe o preço do diesel
Depois do tombo nas ações da Petrobras, que perdeu R$ 32 bilhões do valor de mercado com a suspensão do aumento do preço do diesel, na sexta-feira passada, o presidente Jair Bolsonaro foi convencido a voltar atrás. Antes de devolver a autonomia à Petrobras para administrar os preços, Bolsonaro anunciou um pacote para agradar aos caminhoneiros. O aumento, que seria de R$ 0,11 por litro na refinaria, ficou em R$ 0,10 por litro e já chegou às bombas. O mercado financeiro reagiu positivamente, mas os caminhoneiros não gostaram.
Reforço no contracheque
Como não conseguiu acordo para votar na Assembleia projeto que concedia honorários a procuradores do Estado, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) resolveu agir por conta própria: criou fundo em que serão depositados todos os honorários de processos judiciais em que o poder público sair vitorioso. A PGE informou que, em média, o fundo deverá receber R$ 1,5 milhão ao mês e que 70% desse valor será rateado entre os procuradores ativos inativos. Até abril, esse dinheiro ia para o Fundo de Reaparelhamento da PGE.
Votação adiada
Apesar da aprovação nas três comissões pelas quais passou (Constituição e Justiça, Finanças e e Segurança e Serviços Públicos), a proposta de emenda que retira da Constituição a exigência de plebiscito para a privatização da CEEE, da Sulgás e da CRM não foi votada em plenário. A previsão é de que seja apreciada na próxima terça-feira.