O governo do Estado quitou nesta segunda-feira (22) a folha de março do funcionalismo do Poder Executivo, que abriga professores da rede pública, policiais civis, brigadianos, entre outros técnicos. Até domingo (21), apenas servidores que recebiam abaixo de R$ 12 mil estavam com os salários quitados. Hoje, foram pagos vencimentos acima desse valor.
Neste mês, a Secretaria da Fazenda começou a pagar a folha no dia 10 de abril — o governo costumava pagar os menores salários no último dia útil do mês, o que não ocorreu por falta de recursos, conforme o Palácio Piratini.
Entre ativos e inativos, a folha conta com 342,9 mil matrículas e tem valor líquido de R$ 1,2 bilhão. Até o dia 18 de abril, segundo a Receita Estadual, a arrecadação foi de R$ 2,5 bilhões.
Nos próximos dias, o governo precisará pagar as consignações bancárias (dinheiro subtraído com a autorização do servidor para repassar a entidades bancárias) e o valor descontado para os sindicatos. Além disso, deve depositar o duodécimo dos poderes até o último dia útil, que é de cerca de R$ 380 milhões, e os valores da saúde e do transporte escolar às prefeituras.
Apenas após quitar essas pendências o governo iniciará o pagamento da folha de abril, que deveria começar no dia 30. A tendência é de que o que ocorreu com a folha de março ocorra neste mês: os salários menores devem começar a ser depositados a partir da primeira metade de maio.
O governador Eduardo Leite mantém a promessa de começar a pagar os salários em dia até o fim deste ano. Contudo, impõe condições: para dar certo, é preciso o Estado aderir ao regime de recuperação fiscal e a economia voltar a crescer.