A presença de Artur Lemos no governo de Eduardo Leite era tão certa quanto dois e dois são quatro. A surpresa foi a indicação para o Meio Ambiente, uma pasta para a qual empresários de diferentes setores clamavam pela manutenção da secretária Ana Pellini. Leite optou por unir meio ambiente, saneamento, energia e mineração sob o mesmo guarda-chuva. Será a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura.
— Avaliamos que mineração, saneamento e energia são áreas com forte impacto ambiental e, por isso, faz todo sentido mantê-las na mesma estrutura — conta o futuro secretário, que comandou a área de Minas e Energia quando Lucas Redecker deixou o governo de José Ivo Sartori para assumir o mandato na Assembleia e saiu no momento em que o PSDB decidiu se desligar do governo para investir na candidatura própria.
O desafio de Lemos é acelerar a liberação de licenças ambientais, sem afrouxar os controles:
— Temos de desburocratizar ainda mais os processos, sem descumprir a legislação do Rio Grande do Sul, que é bastante rigorosa.
O maior desafio do futuro secretário é substituir Ana Pellini, que conquistou o respeito dos empreendedores e trabalha com um time bastante afinado. Antes de assumir, Lemos terá uma tarefa de gincana pela frente: convencer os técnicos que estão em condições de requerer a aposentadoria a continuarem trabalhando. São pelo menos 15 profissionais altamente especializados, que já poderiam ter se aposentado, mas aceitaram ficar até o final do ano a pedido de Ana.