Aplaudido de pé por empresários e políticos na plateia do almoço Tá na Mesa, da Federasul, o governador José Ivo Sartori apresentou seus "legados" ao público e revelou o período de mais tensão nos últimos quatro anos à frente do governo do Estado. Para Sartori, o momento mais difícil ocorreu no meio de 2016, quando Cristine Fonseca Fagundes foi morta em um latrocínio enquanto esperava seu filho em frente a um colégio em Porto Alegre.
— Todos os dias foram tensos, mas o momento mais difícil foi na segurança, quando o Schirmer entrou. Eu tive um grande alívio quando chamei ele e, depois, recebi ligação do Pedro Simon elogiando a escolha — conta Sartori.
O ex-prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, assumiu a Secretaria de Segurança Pública oito dias depois de seu antecessor, Wantuir Jacini, ter renunciado ao posto horas após o assassinato de Cristine.
Ao ser questionado pela presidente da Federasul, Simone Leite, sobre o momento mais emocionante, o governador foi curto:
— Acho que foi hoje.
Por três momentos, entre 12h e 14h desta quarta-feira, a plateia que assistia ao governador levantou para o aplaudir. No início da palestra, Simone entregou a ele uma placa em reconhecimento pela “acertada condução do nosso Estado que serviu de partida para novos tempos”. Na placa, havia a inscrição: "A Federasul reconhece seu esforço e empenho na acertada condução do nosso Estado. Sua energia para direcionar o Rio Grande no caminho certo, com certeza, deu a partida para novos tempos".
Em clima de fim de festa, com um discurso que lembrava uma despedida, Sartori elencou seus legados em quatro aspectos: financeiro, administrativo, social e político. Lembrou que conseguiu diminuir o déficit dos cofres públicos, de seus projetos como a Previdência Complementar e a Lei de Responsabilidade Estadual, e de que honrou os aumentos salariais da Segurança aprovados durante o governo Tarso.