Respeitada a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, as pesquisas do Ibope e do Datafolha são idênticas no primeiro turno, tanto na intenção de voto quanto na rejeição.
As duas mostram o candidato Jair Bolsonaro em primeiro lugar, com 24% no Datafolha divulgado na segunda-feira e 26% no Ibope, e empate quádruplo no segundo lugar, entre Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad.
Há uma diferença a ser observada na data de realização das duas pesquisas. Todos os dados do Datafolha foram colhidos na segunda-feira, dia 10. O Ibope fez as entrevistas entre os dias 8 e 10. Ou seja: embora tenha divulgado os resultados um dia depois, o Ibope começou a pesquisa antes e concluiu a tomada de dados no mesmo dia do Datafolha.
Em matéria de rejeição, as duas pesquisas também são equivalentes. No Datafolha, Bolsonaro tem 43% e no Ibope, 41%. Nos dois institutos, Marina vem em segundo lugar quando a pergunta é “em qual ou quais destes candidatos você não votaria de jeito nenhum”. São 29% no Datafolha e 24% no Ibope.
As principais diferenças entre os dois institutos estão nos resultados das simulações de segundo turno. Pelo Datafolha, Bolsonaro perderia para Ciro, Marina e Alckmin e empataria com Haddad. Já o Ibope constatou empate técnico nos quatro cenários:
- Ciro 40% x 37% Bolsonaro
- Alckmin 38% x 37% Bolsonaro
- Bolsonaro 38% x 38% Marina
- Bolsonaro 40% x 36% Haddad.
Na sexta-feira, o Datafolha deve divulgar um novo levantamento com as questões tradicionais e perguntas específicas para aferir a influência da facada na intenção de voto em Bolsonaro.
O questionário registrado no TSE no dia 8 de setembro traz três perguntas sobre o atentado: se o eleitor está bem ou mal informado sobre o atentado; se o entrevistado mudou seu voto depois do atentado (se mudou, qual era a opção anterior) e se o eleitor se comoveu pouco, muito ou nada com a agressão ao candidato do PSL.
Essa pesquisa será a primeira depois da confirmação de Fernando Haddad como candidato da coligação PT-PCdoB em substituição ao ex-presidente Lula.