Eram 13h30min de sábado (21), quase ao fim da convenção do PSB, quando o governador José Ivo Sartori chegou ao Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, para agradecer o resultado (que todos já previam) da eleição interna do partido. Influenciados pela vontade de seu líder, Beto Albuquerque, integrantes do PSB decidiram coligar com o MDB: o desfecho significa a indicação de Beto ao Senado na chapa.
É o primeiro evento eleitoral em que Sartori aparece, mesmo sem declarar oficialmente que é candidato à reeleição. Sua assessoria informou que ele foi à convenção como governador, em consideração a um partido que sempre fez parte de sua base.
O jeito cauteloso do emedebista, de postergar a oficialização de sua candidatura, incomoda seus possíveis aliados.
– Nosso partido se expôs ao ridículo ao aprovar uma aliança com uma pessoa que não é nem candidata – exclamou Hermes Zaneti, alternativa apontada por ala do PSB como concorrente ao governo.
O grupo que apoiava Zaneti retirou a candidatura durante a convenção devido a discordâncias com os procedimentos adotados no encontro. Por isso, não houve voto em urna dos delegados da legenda.
Contrapondo-se ao colega de legenda, Beto diz que não é o momento de o PSB pleitear candidatura própria ao Piratini:
– O PSB só tem condições de alcançar a maior vitória da sua história com uma coligação forte.