Reunidos na tarde desta sexta-feira (27), o governador em exercício, José Paulo Cairoli, e o chefe da Casa Civil, Cleber Benvegnú, afinaram o discurso em torno da defesa do plebiscito para que os eleitores opinem sobre a privatização da CEEE, da Sulgás e da CRM.
Conseguir que a Assembleia aprove o plebiscito é um passo importante para garantir a adesão do Rio Grande do Sul ao regime de recuperação fiscal, mas dificilmente o governo terá sucesso. Não é só a oposição que vai fazer de tudo para impedir a mudança na lei para viabilizar o plebiscito: a própria base do governo está dividida.
O presidente do PP, Celso Bernardi, é contra a realização do plebiscito agora. Acha que o governo Sartori deveria ter se mobilizado antes. Na quarta-feira, Bernardi vai reunir a bancada do PP para definir a posição em relação à consulta e discutir a renovação do aumento do ICMS.
O temor entre deputados é de que ao puxar o tema da privatização para a campanha, Sartori acabe polarizando o debate com Miguel Rossetto (PT).