Candidato à reeleição, o governador José Ivo Sartori montou o time com o qual pretende fazer a travessia dos últimos nove meses de governo usando a intuição e a confiança como critérios principais.
A escolha mais surpreendente foi a do jornalista Cleber Benvegnú para a chefia da Casa Civil. É incomum entregar a articulação política a um jovem sem voto, sem partido e sem experiência parlamentar. Sartori sequer conhecia Benvegnú quando o convidou para ser secretário de Comunicação. Na convivência, o jornalista acabou conquistando a confiança do governador e, há um ano, foi alçado ao núcleo duro do governo.
Na Casa Civil, Benvegnú também será responsável pelas relações institucionais. Diz que vai trabalhar mais “para fora” do que para dentro do governo:
– Não vai ter café frio. Vamos eleger projetos prioritários que receberão maior atenção nestes nove meses.
Entre esses projetos estão as concessões, cujos editais serão lançados neste semestre, os Centros da Juventude, a conclusão da RS-118 e novos investimentos em segurança.
Por divergências internas no PSB, Rogério Salazar, indicado para Secretaria de Obras, não foi confirmado. Sartori nomeou Sandro Boka, do PMDB, como interino. A nomeação é um recado para o PSB, que está consultando as bases antes de decidir se apoiará ou não a reeleição de Sartori.
Status de secretário
Para que Idenir Cecchin possa se licenciar do mandato de vereador de Porto Alegre, a Chefia de Gabinete do Palácio Piratini vai ganhar status de secretaria.
Na Câmara da Capital, a suplente de Cecchin, Lourdes Sprenger, ganha uma tribuna para defender a causa animal. Lourdes foi convidada por três partidos, mas optou por continuar no PMDB. A vereadora é pré-candidata a deputada federal.