Preocupado em não implodir as pontes com o Palácio do Planalto, o governador José Ivo Sartori telefonou para o presidente Michel Temer para avisar que apoia o regime de recuperação fiscal dos Estados, mas vai propor "adequações".
Depois de dois dias de reunião para analisar o projeto, Sartori e seus secretários concluíram que o acordo com a União é essencial para o Estado pagar os salários em dia, mas precisa ser combinado com o crescimento da economia e com a aprovação das propostas que estão na Assembleia.
O governo vai tentar votar os projetos até o final de março e acredita que conseguirá convencer os aliados de que não tem outra alternativa.
Entre as ressalvas, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, lembrou que o plano não reduz o valor da dívida do Estado com a União e suspende todas as ações que questionam o valor cobrado, ponto com o qual o Executivo estadual também não concorda. Outros pontos questionados pelo governo são a vedação da concessão de benefícios fiscais e a obrigação de reduzir em 20% os já concedidos.
Além de Feltes, participaram das discussões com Sartori os secretários Carlos Búrigo, Márcio Biolchi e Cleber Benvegnú, o procurador-geral, Euzébio Ruschel, o líder do governo na Assembleia, Gabriel Souza, e o chefe de Gabinete, João Carlos Mocellin.