Mesmo quando parecem de natureza distinta, os escândalos que chocam os brasileiros todos os dias têm o mesmo fio condutor: a impunidade. É nessa chocadeira que fermenta a corrupção. O produtor que adiciona soda cáustica ou formol ao leite azedo para dar-lhe uma sobrevida tem a mesma raiz do dono do frigorífico que vende carne podre maquiada para parecer normal, do fiscal que fecha os olhos para a fraude, do político que aceita propina, do empresário que paga, do sonegador que tenta enganar o fisco. Todos acham que corruptos são os outros.
Fraudes
Carne fraca, leite azedo, corrupção e impunidade
Operação deflagradas nesta sexta mostrou que enquanto a fiscalização sanitária se preocupava com o açougueiro do interior, grandes frigoríficos estavam praticando crimes de proporções amazônicas