A impressionante imagem do homem que baleou nesta segunda-feira o embaixador russo em Ancara, dentro de uma galeria de arte na capital turca, além de chocar pela crueza do registro de um assassinato, chamou a atenção também pelo tom cinematográfico da situação. O atirador de terno e gravata escuros, o dedo em riste da mão esquerda erguida e a direita segurando a pistola enquanto discursa, o corpo do diplomata estatelado e inerte ao lado depois de ser alvejado repetidas vezes, os quadros nas paredes brancas – a cena parece de filme, plasticamente organizada demais para o que supomos ser um tiroteio no mundo real.
Assassinato em Ancara
Morte do embaixador russo na Turquia: como em um filme do cineasta Quentin Tarantino
Semelhança entre a foto do crime e a cena de ficção leva a questionamento: até onde somos influenciados por referências culturais e midiáticas?
Roger Lerina
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