
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O mundo amanheceu na quarta-feira (12) com as medidas de um novo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: 25% sobre as importações dos Estados Unidos de aço e alumínio.
A medida afeta todos os países — inclusive, o Brasil, um dos principais fornecedores do material para os americanos.
A medida não chega a ser uma surpresa: Trump vinha, desde a campanha, anunciando que colocaria em prática medidas para "proteger" as contas dos EUA. As principais retaliações vieram até agora de Canadá, México e União Europeia (UE). A China também promete retaliações.
Outras medidas já foram aplicadas e novas ainda virão. Veja a relação abaixo:
Medidas já aplicadas pelos EUA
China — Em fevereiro, entrou em vigor a aplicação de 10% sobre todos os produtos importados. Em março, um adicional de 10% sobre todos os produtos chineses.
México — Em março, aplicou 25% sobre todos os produtos (com exceção aqueles que fazem parte do USMCA — acordo que substituiu o Nafta, que estão com o aumento parcialmente suspenso).
Canadá — Em março, 25% na maioria dos produtos.
Todos os países — Também em março, 25% sobre aço e alumínio (medida desta quarta-feira, 12).
Medidas parcialmente suspensas
Os produtos mexicanos e canadenses que fazem parte do acordo comercial do USMCA tiveram, em março, um adiamento das tarifas.
Tarifas planejadas
Trump também planeja aplicar tarifas sobre todos os produtos agrícolas e carros estrangeiros, porém não há data de quando isso entrará em vigor nem os valores que serão aplicados. A medida pode impactar o Brasil, que, assim como os EUA, é um grande exportador agrícola.