Desde a publicação da reportagem do GDI, assinada pelos repórteres Humberto Trezzi e Gabriel Jacobsen, aumentou o número de ações na Justiça Eleitoral para anular a vitória de políticos eleitos em 2024.
No dia 27 de dezembro, eram 411. Nesta sexta-feira (3), conforme apurou a coluna, já são 419. Dessas pelo menos 50 são contra prefeitos.
As ações são movidas pelo Ministério Público Eleitoral, diretamente pelos adversários do suposto infrator ou até pela Polícia Federal (PF). Acusações: abuso de poder político, como o caso de Rio Pardo, abuso de poder econômico, mal uso da comunicação e principalmente denúncias de compra de votos.
Nesta quinta-feira (2), a Justiça Eleitoral cassou os diplomas do prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro (MDB), e do vice, Alceu Seehaber, o Alemão da Caixa (PSDB). As defesas dos políticos afirmaram que apresentarão recursos.
O número de investigações que podem levar à cassação de eleitos cresceu 25% este ano, em relação ao pleito de 2020, quando eram 327, e já são 419. Uma das hipóteses para o crescimento da demanda judicial é que 2020 foi ano de pandemia e escassa campanha eleitoral nas ruas.
Conforme o promotor de Justiça Rodrigo López Zilio, coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral (Gael), em 2024 houve mudanças na legislação eleitoral. Agora, havendo cassação do prefeito eleito, não há mais posse do segundo colocado e é necessário a realização de uma nova eleição.