Por ordem do presidente Javier Milei, a delegação argentina presente em Baku, no Azerbaijão, abandonou a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). O grupo já era pequeno, composto apenas por técnicos, sem a presença de políticos, uma vez que não existe mais o Ministério do Meio Ambiente no atual governo.
A retirada do grupo é o primeiro sinal concreto de que Milei deve abandonar o Acordo de Paris, a exemplo do que também deve ser feito pela gestão Donald Trump, que assume em 20 de janeiro nos Estados Unidos. Nos bastidores, o comentário é de que os argentinos não ficariam em uma conferência sem que concordassem com o que estava sendo debatido.
A decisão argentina provocou choque nos meios diplomáticos que participam da COP29, mas, segundo fontes brasileiras próximas às negociações, esse movimento já era esperado - e não terá grande impacto no debate sobre mudanças climáticas.
A Argentina participaria de dois grupos de negociação na conferência - um deles com o Brasil, Uruguai e Paraguai, e o outro do G77(+China). O país sul-americano também é signatário do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, de 2015. O tratado foi ratificado pelo Congresso do país no ano seguinte.